Quando Mike e Amy Morhaime fundaram a Dreamhaven há cinco anos, conversei com sua equipe inicial sobre sua visão ambiciosa. Eles compartilharam planos para criar uma estrutura sustentável de publicação e suporte para estúdios de jogos – tanto seus empreendimentos iniciais (Moonshot e Secret Door) quanto futuros parceiros.
Durante nossa conversa, Mike Morhaime revelou um objetivo aspiracional para a incipiente empresa:
"Nossa ambição é servir como um farol da indústria", explicou ele, referindo-se ao logotipo do farol. "Acreditamos em criar jogos de forma diferente – priorizando tanto a excelência criativa quanto a sustentabilidade empresarial, ao mesmo tempo em que promovemos ambientes de trabalho positivos que podem potencialmente elevar os padrões do setor."
A Dreamhaven surgiu durante uma onda de veteranos de AAA lançando estúdios independentes com promessas transformadoras. Desde então, a indústria enfrentou desafios sem precedentes: uma pandemia global, incerteza econômica, demissões em massa e fechamentos de estúdios. Muitos empreendimentos promissores encerraram antes de lançar produtos, enquanto outros adiaram indefinidamente suas visões.
A Dreamhaven desafia essas tendências. Sua recente exibição no Game Awards revelou quatro títulos futuros. Dois projetos internos incluem Sunderfolk (um RPG tático cooperativo local com lançamento em 23 de abril) e o recém-anunciado Wildgate (um FPS de roubo espacial). Seu braço de publicação apoia Lynked: Banner of the Spark (um action-RPG que chegará à versão 1.0 em maio) e Mechabellum (um auto-battler tático de ex-desenvolvedores de StarCraft).
Wildgate - Primeiras Imagens


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O alcance da empresa vai além, apoiando dez estúdios externos por meio de investimentos e consultoria. Na GDC, Morhaime explicou sua visão de criar uma "rede de segurança" para talentos dispersos da indústria.
"Construímos estruturas para orientar e defender esses estúdios", observou ele. "Nossos relacionamentos e experiência nos posicionam para apoiar significativamente equipes criativas."
Ao discutir os desafios voltados para o lucro da indústria, Morhaime enfatizou o equilíbrio entre criatividade e comércio. "A verdadeira inovação requer espaço para experimentação – o fracasso ocasional é necessário para avanços significativos", argumentou. "Focar apenas na monetização prejudica o potencial criativo que, em última análise, impulsiona o sucesso comercial."
Baseando-se em sua experiência na Blizzard, Morhaime destacou o valor do desenvolvimento iterativo: "Grandes jogos surgem da adaptação, não de um planejamento rígido. Nosso processo abraça a experimentação e a correção do que não funciona."
A principal diferença na Dreamhaven? Autonomia. "Capacitamos totalmente a liderança dos estúdios", explicou Morhaime. "Nossa equipe central existe para apoiar visões criativas, não para ditá-las."
Em relação à IA, a Dreamhaven adota uma abordagem cautelosa. Embora pesquise aplicações potenciais, atualmente evita implementar a tecnologia no desenvolvimento de jogos. "Como tecnólogos, somos fascinados pelo potencial da IA", disse Morhaime, "mas estamos atentos às complexidades éticas e não podemos prever seu impacto social completo."
Quando perguntado sobre a visão da Dreamhaven daqui a cinco anos, Morhaime manteve-se ponderado: "Primeiro precisamos entregar jogos excepcionais e alcançar sucesso comercial antes de reivindicar o status de farol. Por fim, queremos que o nome Dreamhaven signifique qualidade em todos os gêneros – uma marca em que os jogadores confiam para entregar experiências extraordinárias."